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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Folclore Capimense


Quando te falam de mim,
penso nas águas do Capim,
onde vou me banhar.
Basta uma tigela de açaí,
bajara vai subir, eu quero te mostrar.

Ai, saudade meu amor, vou te levar
pra conhecer o rio Capim.
Navegar tanto até chegar na cochoeira
e o pescador tem muita história pra contar.
Ah! Como é lindo esse povo da ribeira,
sempre esperando embarcação que vai chegar

Pois é, tem muito peixe nesse rio.
Tem bari, mapará e tucunaré.
É Darino me falou
de um tal de boto encantador
Com pavolagem ele envolve as meninas.
Moça bonita já desperta o seu amor.

Tudo nesse rio é lindo.
Pororoca invadindo a foz do igarapé.
Verde que nunca se acaba
e as histórias da Proaga
cê vai ver como é que é.

Quero só cachaça pra tomar
Que cajui e taberebá
vem na vasante da maré.

(Haroldo Reis)

sábado, 16 de maio de 2009

No tempo da lamparina


Na década de 70, havia umas poucas tabernas na cidade: a do seu João Daibes, mais conhecido como Juca; a do seu Basileu e a do seu João da Mata, pelo menos essas são as que eu me lembro. As que ficavam mais perto de casa eram as duas últinas. Naquela época os produtos eram vendidos a retalho. A maneira como se arrumavam as mercadorias era totalmente diferende de hoje. As cebolas ficavam penduradas em réstias, bem ao lado ficavam os molhos de tabaco. Ao lado do balcão ficavam uns sacos grandes, cada um com um produto: arroz, feijão, milho e outros. O charque e o pirarucu vinham embalados em sacos de sarrapilheira.
Como eu era a filha mais nova, passava boa parte do dia caminhando para comprar tudo o que fosse preciso, inclusive o querosene.
Nessa época, não havia energia direta, na cidade. Contávamos apenas com o que agente chamava de motor de luz, que gerava energia das 18 às 21 horas, por isso, não podia faltar querosene para as lamparinas. Depois que completei 12 anos, comecei sentir vergonha de comprar querosene, pois agente tinha que levar um litro com um fio amarrado, para pendurá-lo no dedo. Mas se não comprasse, ficávamos no escuro, e depois que as tabernas fechavam, não tinha jeito. A luz piscava uma, duas e na terceira vez apagava de vez, e aí só restava ficar ouvindo cantiga de coruja e assovios de matinta pereira, e eu tinha um pavor delas.
Hoje, eu lembro de tudo isso com muita saudade, porque naquela época não tinha nada do que tem hoje: energia direta, telefone, computador, internet, nada de modernidade. Eram pouquíssimas as casas que tinham televisão, acho que a do prefeito, do vice prefeito e a do seu Pedro Sodré, mas nós eramos felizes. Havia tempo para conversar. Nossos pais sentavam na calçada, em frente das casa, enquanto brincávamos de roda, pira-alta, bandeirinha, mata-mata, cai no poço, etc. Eu lembro, eu sinto saudade. Todo mundo se conhecia e havia consideração, respeito e preocupação uns com os outros, é como se fosse uma só família.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Inglês gratuito

Encontrei um site de inglês gratuito. Comfira aqui.

vestibular para professor

Saiu hoje no blog do NTE a notícia de vestibular da ufpa especial para professores. Confira aqui.

São Domingos do Capim - A Capital da Pororoca

Túnel de lembranças


Nos raros momentos em que não estou fazendo nada, entro no túnel de minhas lembranças e viajo de volta para o passado. Fico numa janela que dá para o rio, lembrando de como era a cidade no tempo da minha infância e adolescência, de como eram as casas, as ruas, as tabernas. etc.
Sinto uma saudade tão grande daquela paisagem, que hoje já não é mais a mesma. Dos casarões e da pracinha tão bem cuidada pelo jardineiro. Lembro dos antigos moradores que também já não existem mais.
Acredito que, assim como eu, outras pessoas têm histórias pra contar, fotografias antigas, de como era a nossa cidade, e que gostariam de compartilhar, por isso, estamos construindo esse blog, e contamos com a colaboração de todos aqueles que queiram dar sua colaboração, na certeza de estarmos resgatando a memória de nosso município.