Este blog tem por objetivos principais obter depoimentos relacionados à cidade de São Domingos do Capim e integrar todas as pessoas interessadas em divulgar suas lembranças, para que assim possamos resgatar a história do município.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
São Domingos do Capim - origem
São Domingos do Capim teve sua origem na época colonial, assim como tantas outras cidades desse país.
Segundo Rogério Pereira, autor do livro "Capim, sua história contos e mitos", os habitantes do lugar,por ocasião da invasão portuguesa eram os índios guaranis, os quais deram o nome de capim à localidade, devido a grande quantidade de capim, um tipo de arroz do lago existente no alto rio Capim. Capim na lingua guarani significa: caá - mato ou folha; pim/ pyi - miúdo - fino - mato miúdo de folha fina.
Em 1758, Francisco Xavier de Mendonça Furtado - irmão do Marquês de Pombal - fundou o pequeno povoado, com o nome de São Domingos da Boa Vista. Segundo o Sr. Pedro Sodré, um dos moradores mais antigos, que já ocupou o cargo de vice-prefeito na cidade, já existia uma freguesia, sob o comando missionário dos padres dominicanos, que realizavam o trabalho de catequese com os nativos. Entende-se, então, o porquê do nome São Domingos, em homenagem ao Santo - padre pertencente a mesma órdem.
Como freguesia passou todo o período na monarquia, mas com o decreto legislativo nº 236, de 09 de dezembro de 1890, o governo do estado do Pará elevou a categoria de vila e sede da antiga freguesia. Com a mesma denominação e pelo decreto nº 237 da mesma data, constitui-se em município.
Pelo decreto estadual de 720 de 19 de agosto de 1932 o município passou a chamar-se São Domingos do Capim, formado somente pelo distrito sede. Pelo decreto Lei de 30 de dezembro de 1943 o município recebeu o topônimo de Capim.
DESMEMBRAMENTOS
Poucos sabem, mas o município de São Domingos do capim já foi tão grande que abrigava em seu território os seguintes municípios: Bujaru, criado em 1943; Paragominas, criado em 1965; Rondon do Pará (1982); Ipixuna do Pará(1991); Aurora do Pará (1991).
Esses, a medida que foram se desenvolvemdo economicamente, até mais do que a própria sede, foram também lutando por sua independência política, o que é mais do que devido, pois ninguem que adquira sua independência econômica quer continuar subordinado a outrem. E foi assim que São Domingos do Capim foi perdendo partes e mais partes de seu território.
Entendemos que esses distritos evoluíram muito mais do que a própria sede do município, como já foi dito. Eles não pararam, ao contrário, aceleraram o processo de crescimento, principalmente os municípios de Rondom do Pará, Paragominas e Ipixuna do Pará, enquanto que São Domingos do Capim não acompanhou esse rítimo.
E por que chegamos a essa conclusão? Basta visitar esses municípios e comparar.Observa-se que há diversidade de empregos e serviços, fatores que contribuem consideravelmente para gerar crescimento acompanhado de desenvolvimento. Em função disso, outras coisas tem que ser ampliadas e melhoradas para atender a demanda: hospitais, escolas, praças, saneamento básico, ginásios poli-esportivos, etc. E é isso que se vê nesses municípiuos mensionados, já aqui, em nossa cidade, é triste ver o estado de abandono em que ela se encontra: ruas esburacadas, mal iluminadas, valas a céu aberto, alimentos perecíveis sendo comercializados em qualquer esquina sem que haja nenhuma fiscalização.Mas temos esperança que um dia esse quadro mude pra melhor, e que o nosso município tenha prefeito e vereadores que realmente se importem com ele e com o bem estar do seu povo, porque o que temos visto até agora é um jogo de interesses particulares, pessoas que lutam por si próprios, pelo poder para ser e não para fazer. E assim o nosso minicípio vai ficando para trás, ficando na frente apenas em três itens:insegurança, festas e consumo de bebidas alcoólicas. Os troféus? assaltos, brigas e toda sorte de violência que acabam por vitimar pessoas inocentes.
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É lamentável a situação em que se encontra a nossa cidade e, o mais revoltante é ver que as autoridades nada fazem pra mudar esse cenário de caos que está nossa terra natal. Gostaria muito que o nosso Prefeito tivesse a sensibilidade pra olhar com mais carinho e atenção para o nosso povo e para o nosso município que está, literalmente, entrega às baratas.
ResponderExcluirEu sou Charles me casei aí em 82,e gostaria de ver mais fotos da cidade em diversos planos, eu adoro esta cidade embora não tenha tempo para visita-la pessoalmente gostaria de fazer mesmo que virtualmente,ah!meu enderêço de email é;//mestrebelemconserge@hotmail.com,obrigado.
ResponderExcluirOlá Charles,agora pelas férias, em julho, vou postar mais imagens da nossa querida cidade.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário.
olá Maria Ester...
ResponderExcluirMeu nome é Wilton e sou professor como vc em Roraima. Minha família por parte de pai - hj com 85 anos - teve origem nessa cidade. Meu sobrenome é Crispim dos Santos. Vc tem conhecimento de alguém com esse sobrenome? Ficaria grato se pudesse me ajudar a contactar alguém da minha família. Meu email é Wiltonsantosrr@gmail.com
Um abraço
Procuro a ascendência de José Raimundo Archanjo de Vasconcellos, nascido em São Domingos da Boavista, (actualmente São Domingos do Capim), filho de Miguel Archanjo e de Teresa de Jesús - http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=113867
ResponderExcluirEle foi pai em Lisboa em 1895 e em 1901, pelo que creio que terá nascido cerca de 1860/70. Alguém sabe como poderei encontrar o registro de nascimento dele, ou o casamento dos pais, sem ter que me deslocar ao Brasil?
Agradeço quem me possa ajudar
Marcos Soromenho Santos
marcos.soromenho@gmail.com
Olá professora Ester. Seu blog vem a ser de imensurável importãncia para o andamento da pesquisa de meu TCC. Cujo tema traça um panorâma histórico dos resquícios de línguas mortas "O latim vulgar" nas tradicionais ladainhas católicas do divino espiríto santo na zona rural de nossa cidade. Para assim fazer um estudo pormenorizado do que leva as pessooas a utilizarem essa língua e quais as percepções em torno da tradução da raiz de nossa língua portuguesa. Independente de credo religioso, uma vez que sei que a senhora é evangélica, do ponto de vista acadêmico científico, peço a sua contribuição de algum material que possa enriquecer o meu trabalho. Pois, além da questão do feômeno linguistico, o valor histórico desses vestígios de uma língua arcaica, há séculos soterrada pelo tempo, é extraordinário.
ResponderExcluirUm abraço, seu sempre aluno.
Jessé Wantuyr