Bem cedinho acordei com estrondo de fogos e lembrei que hoje é o Círio de Nazaré, festa católica que reune grande parte da população da cidade, então fui puxada por uma forte lembrança do tempo em que eu era criança. Minha avó chegava do interior, e o momento mais alegre para mim era quando ela me convidava para dar uma volta no "largo" de Nazaré, local onde se concentravam os marreteiros, os vendedores de mingau, raspadinha de coco e outras gulozeimas. ah! como eu me sentia feliz, enchendo os olhos com todo aquele colorido das barraquinhas, do carrocel, da roda-gigante...
Tinha, também a alegria da banda de música, era tradição na cidade. Os mais velhos gostavam de ouvir os músicos tocarem. Eu tenho sautade daquele tempo, daquele arraial, da banda de música e da minha avó.
O que mais eu gostava, era da pescaria que era uma banca cheinha de objetos como bonecas, maracá, pipos, pulseiras e outros. Eu gostava quando conseguia pescar uma pulseira de cobrinha. Crianças da minha época se contentavam com bem pouco, pois a televisão ainda não era presente por essas bandas. Depois do círio ainda tinha mais uns oito dias de arraial, chegava o sete de setembro e depois a festa de Nazaré, e asim, todos os dias eu ia passear com a minha avó e voltava feliz, sempre com um balão, uma pulseira de cobrinhas, um saco de pipocas ou simplismente um pirulito.
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